Júlia Sanchez
Redatora
Se você é empreendedor, deve estar pensando: “agora pronto, vou precisar contratar uma influencer que não tem nada a ver com a minha empresa só para a minha marca ganhar mais visibilidade no mercado!”. Mas calma, não é bem por aí!
Embora essa seja uma notícia um tanto quanto diferenciada, o movimento do Nubank em contratar a Anitta para compor o seu Conselho de Administração possui uma ótima idealização que não tem muito a ver com popularidade e tampouco com um rostinho bonito para compor o reconhecimento da marca.
Acontece que a estratégia do Nubank não está somente baseada em notoriedade. Na verdade, ela tem muito mais a ver com compatibilidade. Achou confuso? Nós te explicamos!
Pode até parecer que as duas marcas, Nubank e Anitta, não tem nada em comum, e de fato as divergências entre ambas são muitas. De um lado, vemos um banco digital, que fala de tecnologia, praticidade e investimento, e que tem um engenheiro como o seu CEO. De outro, vemos uma artista conhecida internacionalmente por levar a cultura da periferia para o mundo com uma dose de crítica política/social e videoclipes provocantes.
Agora você nos pergunta: o que os dois têm a ver? E nós respondemos: sede de futuro. Inovação!
Nubank e Anitta, mesmo sendo de dois segmentos totalmente divergentes, possuem o mesmo objetivo: promover um amanhã diferente para a sociedade, amanhã este repleto de inovação e ousadia. E é por isso que os dois agora trabalham juntos em um mesmo projeto.
Mas será que agora o Nubank vai lançar músicas sobre o seu produto e a Anitta vai cuidar da administração do banco? Provável que não. O que o Nubank quer da cantora, na verdade, é que ela traga toda a sua expertise com estratégias inovadoras, o conhecimento que ela tem de seu público e seu perfil midiático para a corporação.
Tudo que o Nubank ainda não tem, a Anitta vai trazer, e tudo que a artista precisa para fornecer isso ao banco é ser ela mesma e agir da mesma forma como se estivesse produzindo uma música ou um clipe: sendo original, ousada e sem ligar para o que as pessoas vão pensar. A partir disso, com certeza o David Vélez, CEO e fundador da empresa, saberá o que fazer e qual rumo seguir.
Além do caso Nubank e Anitta, existem outros casos de grandes marcas contratando influencers digitais para fazer parceria e alavancar suas vendas. O foco agora não são mais os artistas de televisão, basta ter um bom engajamento em redes sociais como o Instagram e o TikTok para ser alvo das multinacionais.
Mas como entender qual o influencer ideal para fazer parte da sua estratégia midiática? O exemplo do banco digital que explicamos acima é uma ótima estratégia: procurar por alguém que, além de ser famoso, tenha um fit cultural que seja coerente com o da sua marca.
Caso contrário, o que era para ser uma ótima estratégia acaba se tornando um tiro no pé, destruindo a imagem tanto do seu negócio quanto do influencer.
A Anitta tem uma visão empresarial que beira o genial. Desde o começo de sua carreira, a cantora é conhecida por dirigir seus próprios clipes, traçar suas próprias estratégias de mídia e principalmente: pensar nos próximos passos para o seu sucesso.
O resultado a gente já sabe. Aos 29 anos, Larissa de Macedo Machado (Anitta) possui uma fortuna estimada em mais de 100 bilhões de dólares, sendo assim umas das 20 mulheres mais poderosas do Brasil segundo a revista Forbes.
Mesmo quem não simpatiza com o estilo musical precisa dar o braço a torcer e admitir que a cantora é muito boa no que faz, e o boato de que seria “artista de uma música só”, que surgiu com o seu primeiro hit de sucesso “Show das Poderosas”, definitivamente, estava errado!
E aí, está pensando em inovar a sua estratégia de marketing também? Leia o nosso texto sobre Marketing Transmídia: o que é e qual o seu diferencial nos negócios